A Justiça acatou o pedido do Ministério Público do Tocantins (MPTO) e decretou a prisão preventiva de Vitor Gomes Alves de Paula, 21 anos motorista envolvido em uma colisão fatal que resultou na morte da jovem Maria Alice Guimarães da Silva, 25 anos, no perímetro urbano da BR-153, no início da manhã deste sábado (22), em Araguaína.
A decisão foi tomada após a realização da audiência de custódia, na qual o promotor de Justiça plantonista, Daniel José de Oliveira Almeida, defendeu a necessidade da medida cautelar para garantir a ordem pública, em razão da extrema gravidade do caso. O motorista passou pela delegacia e depois foi encaminhado à Unidade Penal de Araguaína, onde permanecerá à disposição do Poder Judiciário.
A batida aconteceu quando Maria Alice pilotava uma moto Honda Biz, a caminho do trabalho, e foi violentamente atingida na traseira por um veículo BMW, conduzido em altíssima velocidade. Com o impacto, a vítima foi arremessada e morreu na hora.
De acordo com a PRF, que fez o atendimento da ocorrência no local, a motociclista foi atingida por trás. “O condutor do veículo, uma BMW preta, estava no local juntamente com o passageiro e proprietário. De pronto ele já recusou realizar o teste de etilômetro. Aparentemente houve aqui uma colisão traseira. O veículo BMW colheu a moto e posteriormente arrastou a condutora por alguns metros”, disse o PRF Sued, em entrevista ao portal Alta Tensão.
Segundo o delegado Charles Marcelo de Arruda, Vitor dirigia a BMW que estaria em velocidade acima da permitida naquele trecho da rodovia. “Ele foi autuado por homicídio doloso porque nesse caso ele assumiu o risco dirigindo em alta velocidade numa via pública com alta circulação de pessoas e não era habilitado”, comentou.
Segundo as investigações, o motorista não possuía habilitação (CNH) e havia saído de uma “resenha” com amigos momentos antes do ocorrido, o que levanta suspeitas sobre possível consumo de álcool. Ele se negou a fazer o teste do bafômetro.
Para o MPTO, a conduta do acusado configura dolo eventual, ou seja, ele assumiu o risco de causar um resultado fatal ao dirigir sem habilitação, em alta velocidade, numa rodovia movimentada.
O pedido de prisão preventiva teve como base o artigo 312 do Código de Processo Penal, que permite a medida quando há indícios suficientes de autoria e materialidade do crime e risco à ordem pública. O MPTO considerou, ainda, que medidas cautelares alternativas seriam insuficientes diante da gravidade concreta dos fatos. A prisão foi convertida em preventiva.
FAMÍLIA CLAMA POR JUSTIÇA
“Nas imagens do acidente dá pra ver a bolsa com os pertences que ela levava todos os dias para a sua jornada de trabalho. Com muita luta e esforço ela conseguiu comprar a moto dela recentemente para ir pro serviço. É triste e estamos de coração despedaçado, pois ela era uma pessoa muito alegre e fará muita falta no nosso dia a dia”, contou Fabiola Guimarães, irmã da vítima.
“Esperamos que a justiça seja feita. Justiça pela família, justiça pelos dois filhos que agora estão sem mãe, justiça por Alice que teve sua vida ceifada de tal maneira enquanto ia atrás do sustento da sua família por pessoas irresponsáveis, e agora esperamos que essas pessoas sejam responsabilizadas”, afirmou Fabiola.
Maria Alice deixou dois filhos, de seis e nove anos. O corpo dela foi levado para o Instituto Médico Legal de Araguaína, passou pelos exames de necrópsia e foi liberado aos familiares. O enterro dela ocorreu neste domingo (23).
Fonte: oprogressonet.com
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